| | | João Servando |
| | | | A Sam Servando foi meu amigo | | | | e porque nom veo falar migo | | | | direi-o a Deus | | | | e chorarei dos olhos meus. | | | 5 | | Se o vir, madre, serei cobrada | | | | e porque me teendes guardada | | | | direi-o a Deus | | | | e chorarei dos olhos meus. | | | | | Se m'el nom vir, será por mi morto, | | 10 | | mais, porque m'el fez [a]tam gram torto, | | | | direi-o a Deus | | | | e chorarei dos olhos meus. |
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| Nota geral: Dirigindo-se à sua mãe, a donzela lamenta que o seu amigo tenha ido a S. Servando e não a tenha vindo ver. A dor que sente só pode confessá-la, chorando, a Deus. Num pedido implícito, ela diz-lhe ainda que essa dor passaria se o pudesse ver, o que não pode porque a sua mãe a mantém presa em casa. De resto, e apesar do que ele lhe fez, ela tem a certeza de que também ele morrerá se a não vir. Este mesmo episódio é retomado, agora pela voz da mãe, numa outra cantiga.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Amigo Refrão Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 1145, V 737
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
A San Servando foi meu amigo Versões de Fernando Lopes-Graça
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