Vasco Rodrigues de Calvelo


Coitado vivo d'amor,
e da mort'hei gram pavor,
desejando mia senhor,
       a que eu muito servi:
5       a mia senhor, que eu vi
         mui mui fremos'em Losi.
  
Amor me tem em poder;
e pavor hei de morrer,
porque nom posso veer
10       a que eu muito servi:
       a mia senhor, que eu vi
       mui mui fremos'em Losi.
  
Amor em poder me tem
e faz-mi perder o sem,
15porque nom poss'haver bem
       da que eu muito servi:
       a mia senhor, que eu vi
       mui mui fremos'em Losi.



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

O trovador louva uma senhora que ele viu, muitíssimo formosa, em Luzim (a sudeste de Penafiel) e pela qual sofre de amor. Tal como numa anterior cantiga do trovador, é difícil avaliar o exato sentido desta referência toponímica (e, portanto, suscetível de possibilitar a identificação da dama), muito rara neste género de cantigas.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 998, V 587

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 998

Cancioneiro da Vaticana - V 587


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas