Versões musicais de Se eu podesse desamar
Pero da Ponte

Cantiga original Se eu podesse desamar

Se eu podesse desamar
a quem me sempre desamou
e podess'algum mal buscar
a quem me sempre mal buscou!
Assi me vingaria eu,
       se eu pudesse coita dar
       a quem me sempre coita deu.
Mais sol nom poss'eu enganar
meu coraçom que m'enganou,
per quanto mi fez desejar
a quem me nunca desejou.
E por esto nom dórmio eu,
       porque nom poss'eu coita dar
       a quem me sempre coita deu.
Mais rog'a Deus que desampar
a quem m'assi desamparou,
ou que podess'eu destorvar
a quem me sempre destorvou.
E logo dormiria eu,
       se eu podesse coita dar
       a quem me sempre coita deu.
Vel que ousass'en preguntar
a quem me nunca preguntou,
por que me fez em si cuidar,
pois ela nunca em mi cuidou;
e por esto lazeiro eu:
       porque nom posso coita dar
       a quem me sempre coita deu.
Tomás Borba, Compositor
Pero da Ponte

Data
Década de 20/30 do século XX

Intervenientes

Compositor Tomás Borba
Harpa
Canto


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[Se eu pudesse desamar]

Data
Década de 20/30 do século XX

Intervenientes

Compositor Tomás Borba
Harpa
Canto (três vozes femininas)


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