Antroponínima

Pessoas referidas em cantigas

Mestre Ali



Descrição

É possível que se trate do Mestre Ali referenciado, num documento de 1340, como físico de D. Afonso IV. Maria Filomena Barros, que compilou estes dados1, cita ainda um outro homónimo ao serviço do mesmo monarca, o Mestre Ali que, em 1337, chegou a desempenhar funções de seu emissário junto dos benimaries norte-africanos, sendo mesmo recompensado com uma granja em Muge.
De qualquer forma, atendendo ao papel de Mestre Ali nas cantigas, pensamos que o físico real será mais plausível.
Note-se, de qualquer forma, que nas cantigas o nome pode funcionar igualmente como um recurso equívoco, já que também é possível entender "ali" como advérbio (e, nesse caso, "mestre" poderia ter igualmente um sentido equívoco, podendo ser, por exemplo, uma ínvia alusão a um mestre de uma Ordem de cavalaria)


Referências

1 Barros, Maria Filomena Lopes de (2007), "Os Láparos: uma família muçulmana da elite comunal olisiponense", in Lisboa Medieval. Os rostos da cidade, Lisboa, Livros Horizonte, pp. 325-326.

Cantigas que referem esta pessoa



Alvar Rodriguiz dá preço d'esforço, Estêvão da Guarda
   (Linha 5): e maestr'Ali, que vejas prazer,

Do que eu quigi, per sabedoria, Estêvão da Guarda
   (Linha 5): per maestr'Ali, de que aprendi