| | | D. Dinis |
| | | | Nunca Deus fez tal coita qual eu hei | | | | com a rem do mundo que mais amei | | | | des que a vi, e am'e amarei: | | | | noutro dia, quando a fui veer, | | 5 | | o demo lev'a rem que lh'eu falei | | | | de quanto lh'ante cuidara dizer. | | | | | Mais, tanto que me d'ant'ela quitei, | | | | do que ante cuidara me nembrei, | | | | que nulha cousa ende nom minguei; | | 10 | | mais quand'er quis tornar, pola veer, | | | | a lho dizer (e me bem esforcei, | | | | de lho contar) sol nom houvi poder. |
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| Nota geral: Não há sofrimento no mundo pior do que o do trovador: indo falar noutro dia com a sua senhora, não conseguiu dizer nada do que tinha pensado dizer. Mas assim que se afastou, lembrou-se imediata e minuciosamente de tudo o que tinha preparado. Voltou então atrás para tentar dizer-lho, mas, mesmo esforçando-se, foi novamente incapaz de falar, É possível que faltem estrofes à cantiga, já que eventualmente haveria uma conclusão genérica para esta narrativa.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Amor Mestria Cobras uníssonas Palavra(s)-rima: (v. 4 de cada estrofe) veer (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 504, V 87
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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