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Afonso Mendes de Besteiros


Senhor fremosa, vejo-me morrer;      ←
e a mi praz, e mui de coraçom,      ←
co'a mia mort', assi Deus mi perdom,      ←
por aquesto que vos quero dizer:      ←
5       moiro por vós, a que praz, e muit'en,      ←
       de que moir'eu, e praz a mim por en!      ←
  
 Per bõa fé, de mia mort'hei sabor,      ←
e bem vos juro que há gram sazom      ←
que rog'a Deus por mort', e por al nom,      ←
10por aquesto que vos digo, senhor:      ←
       moiro por vós, a que praz, e muit'en,      ←
       de que moir'eu, e praz a mim por en!      ←
  
E, per bõa fé, gram sabor per hei      ←
com mia morte, per quant'eu entendi      ←
15que vos prazia; e pois est assi,      ←
muito mi praz polo que vos direi:      ←
       moiro por vós, a que praz, e muit'en,      ←
       de que moir'eu, e praz a mim por en.      ←
  
 Ca de viver mais nom m'era mester;      ←
20e praz-mi muit'em morrer des aqui      ←
por vós. E tenho que mi Deus [faz] i      ←
bem, mia senhor, polo que vos disser:      ←
       moiro por vós, a que praz, e muit'en,      ←
       de que moir'eu, e praz a mim por en!      ←
  
25E bem vos juro, senhor, que m'é bem      ←
co'[a] mia morte, pois a vós praz en.      ←



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Nota geral:

Morrendo de amor, o trovador alegra-se, uma vez que a sua morte dá prazer à sua senhora.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares (rima a dobla)
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 376

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 376


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas