| | | João Lobeira |
| | | | - Venh'eu a vós, mia senhor, por saber | | | | do que bem serve e nom falec'em rem | | | | a sa senhor e lh'a senhor faz bem, | | | | qual deles deve mais [a] gradecer. | | 5 | | - Amigo, mais dev'o bem a valer; | | | | ca, se o bem dad'é por o servir, | | | | o servidor deve mais a gracir. | | | | | - Quem bem serve, senhor, sofre gram mal | | | | e grande afã e mil coitas sem par, | | 10 | | onde devia bom grado a levar, | | | | se mesura da sa senhor nom fal. | | | | - Amigo, mais é o bem e mais val; | | | | ca, se o bem dad'é por o servir, | | | | o servidor deve mais a gracir. |
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| Nota geral: Nesta cantiga dialogada, o trovador põe a seguinte questão à sua senhora: se um enamorado serve lealmente a sua amada e se ela, como recompensa, lhe concede os seus favores, qual dos dois deve ficar mais agradecido ao outro? (a senhora, pelo serviço leal que lhe foi prestado, ou o enamorado, pelo favor que recebeu?). Na resposta, a voz feminina diz-lhe que o servidor é que deve ficar mais agradecido, pois o favor concedido é superior ao serviço. Na segunda estrofe, o trovador valoriza os sofrimentos do servidor, mas obtém a mesma resposta.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Amor Refrão, Dialogada Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 249
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Desconhecidas
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