Pero da Ponte


Martim de Cornes vi queixar
de sa molher, a gram poder,
que lhi faz i, a seu cuidar,
 torto; mais eu foi-lhi dizer:
5- Falar quer'eu i, se vos praz:
Demo lev'o torto que faz
a gram puta desse foder.
  
[...]
  
Mais, se vós sodes i de mal sem,
10de que lh'apoedes mal prez?
 Ca salvar-se pod'ela bem
que nẽum torto nom vos fez;
nem torto nom faz o taful,
quando os dados acha algur,
15de os jogar [i] ũa vez.



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Nota geral:

Esta sátira a um marido enganado (e portador de um nome significativo) esclarece-se no final com uma curiosa imagem: a mulher seria tão culpado como o é um jogador privado do jogo e que encontra dados à mão de semear.
A cantiga teria certamente outras estrofes intermédias.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Mestria
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1647, V 1181

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1647

Cancioneiro da Vaticana - V 1181


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas