João Garcia de Guilhade


Martim jograr, ai Dona Maria,
jeita-se vosco já cada dia,
        e lazero-m'eu mal.
  
And'eu morrend'e morrendo sejo,
5e el tem sempr'o cono sobejo,
       e lazero-m'eu mal.
  
Da mia lazeira pouco se sente;
fod'el bom con[o] e jaz caente,
       e lazero-m'eu mal.



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Nota geral:

Continuam os ataques ao jogral Martim, numa cantiga semelhante à anterior, mas dirigida agora a uma D. Maria, que será talvez, como na primeira composição, a mulher do jogral (a forma de tratamento será irónica). É também muito provável que esta cantiga fosse de seguir (ou seja, feita a partir de uma outra), já que o refrão poderia perfeitamente pertencer a uma cantiga de amor, hoje perdida (talvez do jogral Martim?).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Escárnio e maldizer
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1490, V 1102

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1490

Cancioneiro da Vaticana - V 1102


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas