| | | Rui Pais de Ribela |
| | | | – Maria Genta, Maria Genta da saia cintada, | | | | u masestes esta noit'ou quem pôs cevada? | | | | Alva, abríades-m'alá! | | | | | – Albergámos eu e outra [e]na carreira, | | 5 | | e rapazes com amores furtam ceveira. | | | | Alva, abríades-m'alá! | | | | | U eu maj'aquesta noite, houv'i gram cea, | | | | e rapazes com amores furtam avea. | | | | Alva, abríades-m'alá! |
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| Nota geral: Notável cantiga dialogada que transforma subtilmente uma alba num malicioso quadro de amores campestres. É muito provável que, como parece acontecer com outras composições de Rui Pais, se tratasse novamente de uma cantiga de seguir. Repare-se como o lírico refrão ("abria-se-me a alva ao longe"), na sequência do corpo das estrofes que descrevem a orgia noturna, ganha um sentido irónico (e erótico), certamente bem diferente do que teria nessa eventual cantiga primitiva.
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Escárnio e maldizer Refrão, Dialogada Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
B 1439, V 1049
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Maria Genta da saya cintada Versão de Xurxo Romaní, Koichi Tanehashi
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