| | | Rui Pais de Ribela |
| | | | Mala ventura me venha, | | | | se eu pola de Belenha | | | | d'amores hei mal. | | | | | E cofonda-me Sam Marcos, | | 5 | | se pola donzela d'Arcos | | | | d'amores hei mal. | | | | | Mal mi venha cada dia, | | | | se eu por Dona Maria | | | | d'amores hei mal. | | | 10 | | Fernand'Escalho me pique, | | | | se eu por Sevilh'Anrique | | | | d'amores hei mal. |
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| Nota geral: Aproveitando certamente o refrão de uma cantiga de amor ou de amigo, mas fazendo-o significar exatamente o contrário (segundo uma das regras das "cantigas de seguir"), Rui Pais de Ribela desfia o rol das suas apaixonadas. Não falta uma divertida flecha final contra o homossexual Fernando Escalho (que conhecemos doutras cantigas). Acrescente-se que o incipit desta cantiga parece ainda parodiar o incipit de uma canção do trovador provençal Guilhem de la Tor, Bona ventura mi venha, de resto uma irónica reflexão sobre os limites do amor cortês. Guillem de la Tor esteve ativo nas primeiras décadas do século XIII, aparentemente apenas em Itália (onde esteve em contacto com Sordel, com quem compõe uma tenção).
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Nota geral
Descrição
Cantiga de Escárnio e maldizer Refrão Cobras singulares (Saber mais)
Fontes manuscritas
V 1026 (C 1417)
Versões musicais
Originais
Desconhecidas
Contrafactum
Desconhecidas
Composição/Recriação moderna
Maia ventura mi veña Versão de Amancio Prada
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