Pero Meogo


O meu amig', a que preito talhei,
com vosso medo, madre, mentir-lh'-ei;
       e se nom for, assanhar-s'-á.
  
Talhei-lh'eu preito de o ir veer
 5ena fonte u os cervos vam bever,
       e se nom for, assanhar-s'-á.
  
E nom hei eu de lhi mentir sabor,
 mais [a] mentir-lh' hei com vosso pavor;
       e se nom for, assanhar-s'-á.
  
10De lhi mentir nẽum sabor nom hei;
com vosso med'a mentir lh'haverei;
       e se nom for, assanhar-s'-á.



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Nota geral:

Tendo marcado um encontro com o seu amigo na fonte (onde os cervos vão beber), a moça diz à mãe que, não comparecendo com medo dela, passará por mentirosa e ele zangar-se-á.
Nos apógrafos italianos, esta é a primeira cantiga do belo e conhecido ciclo de Pero Meogo que tem nos "cervos do monte" um dos seus elementos centrais. Se é possível que, tal como acontece em outros ciclos deste género, as nove cantigas (e as únicas que nos chegaram deste autor) se sucedessem numa ordem narrativa, é difícil avaliar se os cancioneiros as transcrevem nessa mesma ordem.(ou seja, se esta seria, de facto, a primeira do ciclo).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1184, V 789
(C 1184)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1184

Cancioneiro da Vaticana - V 789


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas