Juião Bolseiro


Ai madre, nunca mal senti[u],
nem soubi que x'era pesar,
a que seu amigo nom viu,
com'hoj'eu vi o meu, falar
5       com outra, mais poilo eu vi,
       com pesar houvi a morrer i.
  
E, se molher houve d'haver
sabor d'amigo, u lho Deus deu,
sei eu que lho nom fez veer,
10com'a mi fez vee'lo meu,
       com outra, mais poilo eu vi,
       com pesar houvi a morrer i.



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Nota geral:

A donzela confessa à mãe a sua imensa tristeza por ter acabado de ver o seu amigo falar com outra, momento em que pensou morrer. Ninguém saberá o que é tristeza se nunca tiver vivido uma coisa assim.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 1174, V 780

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 1174

Cancioneiro da Vaticana - V 780


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas