João Garcia de Guilhade


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Amigas, que Deus vos valha, quando veer meu amigo,
falade sempr'ũas outras enquant'el falar comigo,
       ca muitas cousas diremos
       que ante vós nom diremos.
  
5Sei eu que por falar migo chegará el mui coitado,
e vós ide-vos chegando lá todas per ess'estrado,
       ca muitas cousas diremos
       que ante vós nom diremos.



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General note:

A donzela pede às amigas que, quando vier o seu amigo, elas se afastem um pouco e conversem entre si, dando-lhe alguma privacidade para falarem a sós.
Note-se que o estrado (uma zona ligeiramente mais elevada da sala, onde de colocavam almofadas) era o lugar destinado às mulheres nas casas da nobreza ibérica. Esta cantiga descreve, pois, um cenário doméstico, ao qual o amigo tem acesso (um cenário original, até porque estes pormenores concretos são raros nas cantigas de amigo ou de amor).



General note


Description

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Manuscript sources

B 749, V 352

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 749

Cancioneiro da Vaticana - V 352


Musical versions

Originals

Unknown

Contrafactum

Unknown

Modern Composition or Recreation

Unknown