João Soares Coelho


Foi-s'o meu amigo daqui noutro dia
 coitad'e sanhud'e nom soub'eu ca s'ia;
mais já que o sei - e por Santa Maria,
        e que farei eu, louçana?
  
  5Quis el falar migo e nom houve guisado
e foi-s'el daqui sanhud'e mui coitado
e nunca depois vi el nem seu mandado
       e que farei eu, louçana?
  
Quem lh'ora dissesse quam trist'hoj'eu sejo
10e quant[o] hoj'eu mui fremosa desejo
falar-lh'e vee-l', e pois que o nom vejo,
       e que farei eu, louçana?



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General note:

Pois que o seu amigo se foi embora, triste e zangado por não ter conseguido falar com ela - ela que nem sabia da sua partida - a donzela não sabe agora o que fazer. Mas na 3ª estrofe exprime o desejo de que alguém lhe diga como ela também está triste e como deseja vê-lo.



General note


Description

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Manuscript sources

B 679, V 282

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 679

Cancioneiro da Vaticana - V 282


Musical versions

Originals

Unknown

Contrafactum

Unknown

Modern Composition or Recreation

Unknown