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Fernão Garcia Esgaravunha


A que vos fui, senhor, dizer por mi      ←
que vos queria mao preço dar,      ←
do que eu quer'agora a Deus rogar,      ←
ponh'eu dela e de mi outrossi:      ←
5       que El i leixe mao prez haver      ←
       a quem mal preço vos quer apoer!      ←
  
  A que a gram torto me vosco miscrou       ←
e que gram torto vos disse, senhor,       ←
por en serei sempr'[a] Deus rogador,      ←
10de mim e dela, que m'esto buscou,      ←
       que El i leixe mao prez haver      ←
       a quem mal preço vos quer apoer!      ←
  
Mais torne-se na verdade, por Deus,       ←
(ca vos nom disse verdad', e[u] o sei!)      ←
15log'eu dela e de mim rogarei      ←
a Deus, que vejam estes olhos meus,       ←
       que El i leixe mao prez haver      ←
       a quem mal preço vos quer apoer!      ←



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General note:

O trovador aborda, nesta cantiga, a questão dos intriguistas que procuram introduzir a discórdia entre os namorados. No caso, sabendo que uma amiga ou conhecida da sua senhora lhe foi dizer que ele andava a difamá-la, o trovador defende-se: falando por essa pessoa e por ele. pede a Deus que faça com que tenha má fama quem anda a dar má fama à sua senhora (indiretamente acusando essa terceira pessoa da autoria do boato).



General note


Description

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Dobre: (vv. 1 e 2 de cada estrofe)
que vos (I), gram torto (II), verdade (III)
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Manuscript sources

B 228

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 228


Musical versions

Originals

Unknown

Contrafactum

Unknown

Modern Composition or Recreation

Unknown