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  (linha 10)

João Airas de Santiago


Tam grave m'é, senhor, que morrerei,      ←
 a mui gram coita que, per boa fé,      ←
 levo por vós, e a vós mui grav'é;      ←
pero, senhor, verdade vos direi:      ←
5       se vos grave é de vos eu bem querer,      ←
       tam grav'é a mi, mais nom poss'al fazer.      ←
  
Tam grave m'é esta coita em que me tem      ←
o voss'amor, que nom lh'hei de guarir,      ←
e a vós grav'é sol de o oir;      ←
10pero, senhor, direi-vos que mi avém:      ←
       se vos grave é de vos eu bem querer,      ←
       tam grav'é a mi, mais nom poss'al fazer.      ←
  
 Tam grave m'é, que nom atendo      ←
de vós senom mort'ou mui gram pesar,      ←
15e grav'é a vós de vos [eu] coitar;      ←
pero, senhor, direi-vos quant'i há:      ←
       se vos grave é de vos eu bem querer,      ←
       tam grav'é a mi, mais nom poss'al fazer.      ←



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Nota geral:

Se o amor que o trovador sente pela sua senhora é doloroso para ambos - para ele, porque desespera pelos seus favores, para ela, porque esse amor a incomoda e desgosta - ele confessa-lhe que nada pode fazer quanto a isso.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 943, V 531

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 943

Cancioneiro da Vaticana - V 531


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas