Toponímia referida na cantiga:
  (linha 1)

Airas Nunes


A Santiag'em romaria vem      ←
el-rei, madr', e praz-me de coraçom      ←
por duas cousas, se Deus me perdom,      ←
em que tenho que me faz Deus gram bem:      ←
5ca ve[e]rei el-rei, que nunca vi,      ←
e meu amigo, que vem com el i.      ←
  
[...]      ←



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Nota geral:

A moça alegra-se com a vinda de el-rei a Santiago de Compostela, em peregrinação, porque não só o conhecerá, como verá o seu amigo, que o acompanha.
A cantiga, por certo incompleta, fará provavelmente referência à primeira das duas viagens que o rei Sancho IV de Leão e Castela fez à Galiza, e que teve lugar em 1286. É o que defende López-Aydillo1, baseando-se no facto de a amiga dizer que nunca ter visto o rei (v.5). A composição datará, pois, desse ano, e destinar-se-ia a comemorar exatamente essa viagem, a primeira, em décadas, de um soberano às suas terras galegas.

Referências

1 López-Aydillo, Eugénio (1923), "Los cancioneros gallego-portugueses como fuentes históricas", in Revue Hispanique, Tome LVII, reimpressão do original publicado: Valladolid, Editorial Maxtor, 2008.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Fragmento
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 874, V 458

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 874

Cancioneiro da Vaticana - V 458


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas