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Paio Gomes Charinho


Ai Santiago, padrom sabido,      ←
vós mi adugades o meu amigo;      ←
       sobre mar vem quem frores d'amor tem;      ←
       mirarei, madre, as torres de Jeen.      ←
  
5Ai Santiago, padrom provado,      ←
vós mi adugades o meu amado;      ←
       sobre mar vem quem frores d'amor tem;      ←
       mirarei, madre, as torres de Jeen.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se a S. Tiago (no corpo das estrofes), a donzela pede-lhe que lhe traga o seu amigo de volta. Mas pressente, como diz à sua mãe (no refrão), que os navios com as flores do seu estandarte vogam já pelo mar, e imagina ao longe as altas torres de Jaén (o palco dos combates da reconquista, onde ele andou).
Se este é o resumo possível, esta pequena mas notável cantiga de Paio Gomes Charinho constrói um ambiente poético, onde o mar, o amor e a guerra, mas também o santo padroeiro dos exércitos de Leão e Castela (o Santiago "mata-mouros") e a flores de lis do seu próprio brasão se conjugam num todo original e rico de sentidos.
Depois da celebração da partida, esta é, pois, a cantiga que celebra o feliz regresso, talvez às suas terras galegas mas decerto à sua amada, do almirante do mar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 843, V 429

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 843

Cancioneiro da Vaticana - V 429


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas