Pero da Ponte


Foi-s'o meu amigo daqui
na hoste, por el-rei servir,
e nunca eu depois dormir
pudi, mais bem tenh'eu assi:
5       que, pois m'el tarda e nom vem,
       el-rei o faz, que mi o detém.
  
E gram coita nom perderei
 per rem, meos de o veer,
ca nom há o meu cor lezer;
10pero tanto de conort'hei:
       que, pois m'el tarda e nom vem,
       el-rei o faz, que mi o detém.
  
E bem se devia nembrar
das juras que m'entom jurou
15u m'el mui fremosa leixou,
mais, donas, podedes jurar
       que, pois m'el tarda e nom vem,
       el-rei o faz, que mi o detém.



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Nota geral:

Desde que o seu amigo partiu no exército real, a moça, segundo nos diz, nunca mais conseguiu dormir. Só uma coisa a consola: supor que é o rei que o retém a seu lado e impede de regressar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 834, V 420

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 834

Cancioneiro da Vaticana - V 420


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas