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  (linha 16)

Mem Vasques de Folhente


Ai amiga, per boa fé,      ←
nunca cuidei, des que naci,      ←
viver tanto como vivi:      ←
aqui, u meu amigo é,      ←
5non'o veer nem lhi falar;      ←
e havê-lo eu muit'a desejar.      ←
  
E, se nom, Deus nom mi perdom      ←
se m'end'eu podesse partir,      ←
tanto punha de me servir      ←
10o senhor do meu coraçom,      ←
meu amigo que est aqui,      ←
a que quis bem des que o vi.      ←
  
 E querrei já, mentr'eu viver,      ←
(esso que eu de viver hei);      ←
15[e] de meu amigo bem sei      ←
que nom sab'[e] al bem querer      ←
senom mi, e mais vos direi:      ←
sempre lh'eu por ende melhor querrei      ←
  
ca lhi quer[o], e Deus poder      ←
20mi dé de com el[e] viver.      ←



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Nota geral:

A donzela confessa a uma amiga que nunca pensou poder suportar viver perto do seu amigo, desejá-lo profundamente, mas não o poder ver, como acontece. Sobretudo porque está certa de que ele só a ela ama e serve. No final, expressa o desejo de poderem finalmente estar juntos.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Mestria
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 802, V 386
(C 802)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 802

Cancioneiro da Vaticana - V 386


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas