Nuno Peres Sandeu


Madre, disserom-mi ora que vem
o meu amig[o], e seja-vos bem,
 e nom façades vós end'outra rem,
       ca morr'agora já por me veer;
5       e a vós, madre, bem dev'a prazer
       de s'atal home por mi nom perder.
  
Bem m'é com este mandado que hei
de meu amig', e non'o negarei,
de que se vem, e ora por que sei
10       ca morr'agora já por me veer;
       e a vós, madre, bem dev'a prazer
       de s'atal home por mi nom perder.
  
Muit'and'eu leda no meu coraçom
com meu amig', e faço gram razom,
15de que se vem, assi Deus mi perdom,
       ca morr'agora já por me veer,
       e a vós, madre, bem dev'a prazer
       de s'atal home por mi nom perder.



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Nota geral:

Tendo notícias que o seu amigo vem vê-la, a moça pede à sua mãe que não veja o caso com maus olhos, e não faça nada contra - pois ele morre por vê-la e decerto a mãe não quererá que ele se perca (que morra efetivamente).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 796, V 380
(C 796)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 796

Cancioneiro da Vaticana - V 380


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas