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  (linha 10)

Afonso Lopes de Baião


Fui eu, fremosa, fazer oraçom,      ←
 nom por mia alma, mais que viss'eu i      ←
o meu amigo, e, poilo nom vi,      ←
vedes, amigas, se Deus mi perdom,      ←
5       gram dereit'é de lazerar por en,      ←
       pois el nom vẽo, nem haver meu bem.      ←
  
Ca fui eu [i] chorar dos olhos meus,       ←
 mias amigas, e candeas queimar,      ←
nom por mia alma, mais polo achar,      ←
10e, pois nom vẽo nen'o 'dusse Deus,      ←
       gram dereit'é de lazerar por en,      ←
       pois el nom vẽo, nem haver meu bem.      ←
  
Fui eu rogar muit'a Nostro Senhor,      ←
nom por mia alma, e candeas queimei,       ←
15mais por veer o que eu muit'amei      ←
sempr', e nom vẽo, o meu traedor:      ←
       gram dereit'é de lazerar por en,      ←
       pois el nom vẽo, nem haver meu bem.      ←



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Nota geral:

História de um encontro falhado: a moça foi rezar a uma ermida, não por devoção, como repetidamente nos diz, mas para se encontrar com o seu amigo; como ele não apareceu, ela considera justo fazê-lo sofrer e recusar-lhe doravante qualquer recompensa.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 738, V 339
(C 738)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 738

Cancioneiro da Vaticana - V 339


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas