Afonso Mendes de Besteiros


Mia madre, venho-vos rogar
como roga filh'a senhor:
o que morre por mi d'amor,
leixade-m'ir co el falar;
 5       quanta coita el sigo tem
       sei que toda lhi por mi vem.
  
E sodes desmesurada
que vos nom queredes doer
do meu amigo, que morrer
10vejo, e and'eu coitada;
       quanta coita el sigo tem
       sei que toda lhi por mi vem.
  
Vee-lo-ei eu, per bõa fé,
e direi-lhi tam gram prazer
15per que [m']el dev'a gradecer,
poilo seu mal cedo meu é;
       quanta coita el sigo tem
       sei que toda lhi por mi vem.



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Nota geral:

A moça pede à mãe que a deixe ir ver o seu amigo, que morre por ela. Queixando-se da crueldade da mãe, que não tem dó do sofrimento dele, acrescenta que esse sofrimento será também o dela, a menos que lhe possa ir falar e dar-lhe algum prazer com as suas palavras.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 730, V 331

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 730

Cancioneiro da Vaticana - V 331


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Cantar de amigo 

Versões de Tomás Borba