Estevão Coelho


 Sedia la fremosa seu sirgo torcendo,
 sa voz manselinha fremoso dizendo
       cantigas d'amigo.
  
Sedia la fremosa seu sirgo lavrando,
5sa voz manselinha fremoso cantando
       cantigas d'amigo.
  
- Par Deus de cruz, dona, sei eu que havedes
amor mui coitado, que tam bem dizedes
       cantigas d'amigo.
  
10Par Deus de cruz, dona, sei [eu] que andades
d'amor mui coitada, que tam bem cantades
       cantigas d'amigo.
  
 - Avuitor comestes, que adevinhades!



 ----- Aumentar letra

Nota geral:

Iniciando-se com a delicada pintura de um cenário doméstico, onde nos é apresentada uma formosa dona bordando a fio de seda, enquanto canta cantigas de amigo, esta composição introduz-nos, em seguida num curto diálogo entre uma voz (eventualmente masculina), que relaciona o seu canto com as mágoas de amor que ela sentirá, e, por fim, a voz da dona, que, no registo popular dos ditos proverbiais, confirma que o seu interlocutor adivinhou.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão e Paralelística
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 720, V 321
(C 720)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 720

Cancioneiro da Vaticana - V 321


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Sedia la fremosa 

Versão de José Augusto Alegria

Composição/Recriação moderna

Sedia la fremosa      versão audio disponível

Versões de Fernando Lopes-Graça

Sedia la fremosa      versão audio disponível

Versão de Pedro Barroso

Abutre Comestes que Adivinhastes 

Versões de Tomás Borba

Sedia la fremosa      versão audio disponível

Versão de Augusto Madrugada

Sedia la fremosa seu sirgo torcendo 

Versão de María Giménez