Rui Queimado


O meu amig', ai amiga,
a que muita prol buscastes
quando me por el rogastes,
pero vos outra vez diga
5       que me vós por el roguedes,
       nunca me por el roguedes.
  
 El verrá, ben'o sabiades,
dizer-vos que é coitado;
mais sol nom seja pensado,
10pero o morrer vejades,
       que me vós por el roguedes,
       nunca me por el roguedes.
  
Quanto quiser, tanto more
meu amigo em outra terra
15e ande comigo a guerra;
mais, pero ante vós chore,
       que me vós por el roguedes,
       nunca me por el roguedes.



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Nota geral:

A moça diz a uma amiga que será inútil interceder pelo seu amigo, mesmo que ele lhe vá jurar como é coitado ou vá chorar perante ela. Como se percebe na última estrofe, é o facto de o seu amigo morar noutra terra a causa desta intransigência da moça.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 713, V 314
(C 713)

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 713

Cancioneiro da Vaticana - V 314


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas