Fernão Fernandes Cogominho


Meu amigo, se vejades
de quant'amades prazer,
quand'alhur muito morades
que nom podedes saber,
5       amigo, de mi mandado,
       se sodes entom coitado?
  
Dizede-mi-o, meu amigo.
e por Deus nom mi o neguedes:
quando nom sodes comigo
10e muit'há que nom sabedes,
       amigo, de mi mandado,
       se sodes entom coitado?
  
Ca, se faz que vós andades,
quando vos de mi partides,
15gram tempo que nom tornades,
entom quando nom oídes,
       amigo, de mi mandado,
       se sodes entom coitado?



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Nota geral:

Dirigindo-se ao seu amigo, a donzela quer saber, com apaixonada insegurança, se, quando ele está longe dela e sem notícias, ele sofre muito.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 705, V 306

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 705

Cancioneiro da Vaticana - V 306


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas