Cantiga referida em nota
  (linha 14)

João Lopes de Ulhoa


Eu nunca dórmio nada, cuidand'em meu amigo,
 el que tam muito tarda, se outr'amor há sigo
         ergo lo meu, querria
       morrer hoj'este dia.
  
5E cuid'em esto sempre, nom sei que de mi seja,
el que tam muito tarda, se outro bem deseja
       ergo lo meu, querria
       morrer hoj'este dia.
  
 Se o faz, faz-mi torto, e, par Deus, mal me mata,
10el que tam muito tarda, se outro rostro cata
       ergo lo meu, querria
       morrer hoj'este dia.
  
 Ca meu dano seria
de viver mais um dia.



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

A donzela não consegue dormir, pensando no seu amigo que muito tarda: se ele tem outro amor, não quererá viver nem mais um dia.
A cantiga parece estar em relação estreita com duas cantigas anteriores.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 700, V 301

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 700

Cancioneiro da Vaticana - V 301


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Eu nunca dórmio nada      versão audio disponível

Versões de Fernando Lopes-Graça