João Lopes de Ulhoa


Que trist'hoj'eu and'e faço gram razom:
foi-s'o meu amig', e o meu coraçom,
       donas, per bõa fé,
        alá est u el é.
  
 5Com [a]tam gram coita perderei o sem;
foi-s'o meu amig[o], e todo meu bem,
       donas, per bõa fé,
       alá est u el é.
  
Perderei o sem, donas, ou morrerei;
10foi-s'o meu amig[o], e quanto bem hei,
       donas, per bõa fé,
       alá est u el é.
  
 Que adur quitou de meus olhos [os] seus;
 foi-s'o meu amig', e o lume dos meus,
15       donas, per bõa fé,
       alá est u el é.



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Nota geral:

Dirigindo-se a um grupo de donas (mulheres casadas), a donzela exprime a sua tristeza por o seu amigo ter partido, garantindo que o seu coração e tudo o que ama no mundo está onde ele estiver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 697, V 298

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 697

Cancioneiro da Vaticana - V 298


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas