Airas Carpancho


Madre velida, meu amigo vi,
nom lhi falei e com el me perdi,
       e moiro agora, querendo-lhi bem;
       nom lhi falei, ca o tiv'em desdém;
5       moiro eu, madre, querendo-lhi bem!
  
Se lh'eu fiz torto, lazerar-mi-o-ei
com gram dereito, ca lhi nom falei,
       e moir'agora, querendo-lhi bem;
       nom lhi falei, ca o tiv'em desdém;
10       moiro eu, madre, querendo-lhi bem!
  
Madre velida, ide-lhi dizer
que faça bem e me venha veer,
       e moir'agora, querendo-lhi bem;
       nom lhi falei, ca o tiv'em desdém;
15       moiro eu, madre, querendo-lhi bem!



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Nota geral:

Falando com a mãe, a moça arrepende-se de ter estado com o seu amigo e, por desdém, não lhe ter falado. Receando que ele tenha ficado definitivamente zangado com ela, pede à mãe (na última estrofe) que vá falar com ele e lhe peça para a vir ver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 658, V 259

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 658

Cancioneiro da Vaticana - V 259


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas