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Airas Carpancho


Tanto sei eu de mi parte quant'é de meu coraçom,       ←
 ca me tem mia madre presa, e, mentr'eu em sa prisom      ←
       for, nom veerei meu amigo.      ←
  
 E por aquest', alongada querria, per bõa fé,      ←
 5seer d'u est a mia madre, ca, mentr'eu u ela é      ←
       for, nom veerei meu amigo.      ←
  
 Porquanto m'outra vegada sem seu grado com el vi,      ←
 guarda-me del à perfia, e oimais, enquant'assi      ←
       for, nom veerei meu amigo.      ←
  
 10De mim nem de mia fazenda nom poss'eu parte saber,      ←
ca sei [eu] bem de mia madre que, mentr'eu em seu poder      ←
       for, nom veerei meu amigo.      ←



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Nota geral:

Acusando a sua mãe de a manter presa para a impedir de ver o seu amigo, a moça diz que o seu desejo era estar longe dela (2ª estrofe). A proibição terá como motivo o facto de se ter encontrado uma vez com o amigo contra a vontade da mãe (3ª estrofe). E agora, desesperada, sabe que enquanto estiver sob a sua alçada não mais poderá ver o seu amigo (4ª estrofe).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 657, V 258

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 657

Cancioneiro da Vaticana - V 258


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas