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  (linha 8)

Nuno Fernandes Torneol


Ai madr', o meu amigo que nom vi      ←
há gram sazom, dizem-mi que é 'qui,      ←
         madre, per bõa fé, leda m'and'eu.      ←
  
E sempr'eu punhei de lhi mal fazer,      ←
5mais, pois ora vẽo por me veer,      ←
       madre, per bõa fé, leda m'and'eu.      ←
  
Por quanta coita el por mi levou      ←
nom lhi poss'al fazer, mais, pois chegou,      ←
       madre, per bõa fé, leda m'and'eu.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à mãe, a moça exprime a sua alegria por ter sabido que o seu amigo, que há muito não vê, está de regresso. Embora sempre o tenha tratado mal, e nada possa fazer em relação a isso, agora que ele chegou só pode estar alegre.
Sublinhe-se que a expressão com que termina o refrão da cantiga, leda m´and´eu, serve de refrão à bem mais célebre alba do trovador, Levad´, amigo, que dormides as manhanas frias, podendo colocar-se a hipótese de as duas cantigas estarem relacionadas.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 643, V 244

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 643

Cancioneiro da Vaticana - V 244


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas