Vasco Praga de Sandim


Cuidades vós, meu amigo, ca vos nom quer'eu mui gram bem,
e a mi nunca bem venha, se eu vejo no mundo rem
       que a mi tolha desejo
       de vós, u vos eu nom vejo.
  
5E, maca'lo vós cuidades, eno meu coraçom vos hei
tam grand'amor, meu amigo, que cousa no mundo nom sei
       que a mi tolha desejo
       de vós, u vos eu nom vejo.
  
E nunca mi bem queirades, que mi será de morte par
10se souberdes, meu amigo, ca poss'eu rem no mund'achar
       que a mi tolha desejo
       de vós, u vos eu nom vejo.



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Nota geral:

Sabendo que o seu amigo pensa que ela não o ama, a moça sossega-o: não há nada no mundo que lhe consiga tirar o desejo que dele tem.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 634, V 236

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 634

Cancioneiro da Vaticana - V 236


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas