D. Dinis


Vai-s'o meu amig'alhur sem mi morar
e, par Deus, amiga, hei end'eu pesar,
porque s'ora vai, eno meu coraçom,
tamanho que esto nom é de falar:
5ca lho defendi, e faço gram razom.
  
Defendi-lh'eu que se nom fosse daqui,
ca todo meu bem perderia per i,
e ora vai-s[e] e faz-mi gram traiçom;
e des oimais nom sei que seja de mim,
10nem vej[o] i, amiga, se morte nom.



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Nota geral:

Dirigindo-se a uma amiga, a donzela exprime a sua mágoa e o seu desagrado por o seu amigo se ir embora para outra terra, quando ela o tinha proibido de se afastar, sob o risco de perder o seu amor. Agora que ele parte, ela não sabe o que fazer, salvo morrer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Mestria
Cobras singulares (rima b uníssona)
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Fontes manuscritas

B 603, V 206

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 603

Cancioneiro da Vaticana - V 206


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas