D. Dinis


O voss'amig', amiga, vi andar
 tam coitado que nunca lhi vi par,
que adur mi podia já falar;
       pero quando me viu, disse-mi assi:
5"Ai senhor, id'a mia senhor rogar,
       por Deus, que haja mercee de mi."
  
El andava trist'e mui sem sabor,
come quem é tam coitado d'amor,
 e perdud'[há] o sem e a color,
10       pero quando me viu, disse-mi assi:
"Ai senhor, ide rogar mia senhor,
       por Deus, que haja mercee de mi."
  
El, amiga, achei eu andar tal
 come morto, ca é descomunal
15o mal que sofr'e a coita mortal,
       pero quando me viu, disse-mi assi:
"Senhor, rogad'a senhor do meu mal,
       por Deus, que haja mercee de mi."



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Nota geral:

Uma amiga descreve à donzela o estado desesperado em que encontrou o seu amigo, quase morto de amor, e intercede por ele, transmitindo-lhe ainda o pedido que ele lhe fez: que ela pedisse à donzela para ter piedade dele.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 574, V 178

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 574

Cancioneiro da Vaticana - V 178


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas