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D. Dinis


Amiga, sei eu bem d'ũa molher      ←
 que se trabalha de vosco buscar      ←
mal a voss'amigo, polo matar,      ←
mais tod'aquest', amiga, ela quer      ←
5       porque nunca com el pôde põer      ←
       que o podesse por amig'haver.      ←
  
E busca-lhi convosco quanto mal      ←
ela mais pode, aquesto sei eu,      ←
e tod'aquest'ela faz polo seu,      ←
 10e por este preit[o] e nom por al:      ←
       porque nunca com el pôde põer      ←
       que o podesse por amig'haver.      ←
  
Ela trabalha-se, há gram sazom,      ←
de lhi fazer o vosso desamor      ←
 15haver, e há ende mui gram sabor,      ←
e tod'est', amiga, nom é senom      ←
       porque nunca com el pôde põer      ←
       que o podesse por amig'haver.      ←
  
[E] por esto faz ela seu poder      ←
20pera fazê-lo convosco perder.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à donzela, uma amiga diz-lhe saber que uma outra anda a tentar introduzir discórdia entre ela e o seu amigo de todas as maneiras possíveis. Mas fá-lo apenas por despeito, porque nunca conseguiu que ele a escolhesse.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amigo
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 564, V 167

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 564

Cancioneiro da Vaticana - V 167


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas