D. Dinis


Nunca vos ousei a dizer
o gram bem que vos sei querer,
       senhor deste meu coraçom;
       mais aque m'em vossa prisom:
5do que vos praz de mi fazer.
  
Nunca vos dixi nulha rem
de quanto mal mi por vós vem,
       senhor deste meu coraçom;
       mais aque m'em vossa prisom:
10de mi fazerdes mal ou bem.
  
Nunca vos ousei a contar
mal que mi fazedes levar,
       senhor deste meu coraçom;
       mais aque m'em vossa prisom:
15de me guarir ou me matar.
  
E, senhor, coita e al nom
me forçou de vos ir falar.



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Nota geral:

O trovador, que nunca tinha confessado o seu amor e o seu sofrimento à sua senhora, diz-lhe agora que está na sua prisão - a prisão sendo a sua disponibilidade para aceitar tudo quanto a sua senhora lhe quiser fazer, de bem ou de mal.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 536, V 139

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 536

Cancioneiro da Vaticana - V 139


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas