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  (linha 9)

D. Dinis


Senhor fremosa, pois no coraçom       ←
nunca posestes de mi fazer bem,      ←
nem mi dar grado do mal que mi vem       ←
por vós, siquer teede por razom,      ←
5       senhor fremosa, de vos nom pesar       ←
       de vos veer, se mi o Deus [a]guisar.      ←
  
Pois vos nunca no coraçom entrou      ←
de mi fazerdes, senhor, senom mal,       ←
  nem ar atendo jamais de vós al,      ←
10teede por bem, pois assi passou,       ←
       senhor fremosa, de vos nom pesar      ←
       de vos veer, se mi o Deus [a]guisar.       ←
  
Pois que vos nunca doestes de mi,      ←
 er sabedes quanta coita passei      ←
15por vós e quanto mal lev'e levei,      ←
teede por bem, pois que est assi,       ←
       senhor fremosa, de vos nom pesar      ←
       de vos veer, se mi o Deus [a]guisar.      ←
  
E assi me poderedes guardar,      ←
20senhor [fremosa], sem vos mal estar.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, que nunca lhe quis conceder o seu favor, embora saiba o sofrimento que lhe causa, o trovador pede-lhe que, pelo menos, a possa ver.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 535, V 138

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 535

Cancioneiro da Vaticana - V 138


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas