D. Dinis


 O gram viç'e o gram sabor
e o gram conforto que hei
é porque bem entender sei
que o gram bem da mia senhor
5nom querrá Deus que err'em mi,
que a sempr'amei e servi
e lhi quero ca mim melhor.
  
Esto me faz alegr'andar
e mi dá confort'e prazer,
10cuidand'em como poss'haver
bem daquela que nom há par;
e Deus, que lhi fez tanto bem,
nom querrá que o seu bom sem
err'em mim, quant'é meu cuidar.
  
15E por end'hei no coraçom
mui gram prazer; ca tal a fez
 Deus, que lhi deu sem, com bom prez,
sobre quantas no mundo som,
que nom querrá que o bom sem
20err'em mim, mais dar-mi-á, cuid'en,
dela bem e bom galardom.



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Nota geral:

O alento, o prazer e o conforto que o trovador sente é por entender que as grandes qualidades da sua senhora a impedirão de agir erradamente em relação a ele, que a ama mais do que a si mesmo. É isto que o faz andar alegre, pensando continuamente na maneira de conseguir os seus favores e acreditando que a sua sensatez não a fará errar.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 532, V 135

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 532

Cancioneiro da Vaticana - V 135


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas