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  (linha 10)

D. Dinis


 Assi me trax coitado      ←
e aficad'Amor      ←
e tam atormentado      ←
que, se Nostro Senhor      ←
5a mia senhor nom met'em cor      ←
 que se de mi doa, da mor-      ←
-t'haverei prazer e sabor.      ←
  
Ca viv'em tal cuidado      ←
come quem sofredor      ←
10é de mal aficado      ←
que nom pode maior,      ←
se mi nom val a que em for-      ←
te ponto vi; ca já da mor-      ←
t'hei prazer e nẽum pavor.      ←
  
15E faço mui guisado,      ←
pois sõo servidor      ←
da que mi nom dá grado,      ←
querendo-lh'eu melhor      ←
  ca mim nem al; por en conor-      ←
20t'eu nom hei já senom da mor-      ←
t', [e] ende sõo desejador.      ←



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Nota geral:

O trovador vive tão atormentado pelo Amor, que se Deus não faz com que a sua senhora se compadeça dele, o que o espera é a morte.
A cantiga é sobretudo original pelo engenhoso jogo rimático que D. Dinis utiliza para construir a rima or nos vv. 5 e 6 de cada estrofe, e que passou despercebido aos primeiros editores (que, por o não terem detetado, tiveram sérios problemas com a edição da cantiga).



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras uníssonas
Palavra(s)-rima: (v. 6 de cada estrofe)
mor[te]
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 531, V 134

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 531

Cancioneiro da Vaticana - V 134


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas