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D. Dinis


De mi vós fazerdes, senhor,       ←
bem ou mal, tod'est'em vós é,      ←
e sofrer m'é, per bõa fé,      ←
 o mal; ca o bem, sabedor      ←
5sõo que o nom hei d'haver;      ←
 mais que gram coit'há de sofrer      ←
quem é coitado pecador!      ←
  
Ca no mal, senhor, viv'hoj'eu,      ←
que de vós hei; mais nulha rem      ←
10nom atendo de vosso bem      ←
e cuido sempre no mal meu,      ←
que pass'e que hei de passar,      ←
com haver sempr'[a] desejar      ←
o mui gram bem que vos Deus deu.      ←
  
15E pois que eu, senhor, sofri      ←
e sofro por vós tanto mal      ←
e que de vós nom atend'al,      ←
em que grave dia naci!      ←
Que eu de vós por galardom      ←
20nom hei d'haver se coita nom,      ←
que sempr'houvi des que vos vi.      ←
  



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador diz-lhe que ela tem nas suas mãos o bem e o mal que lhe pode fazer. Quanto a ele, só lhe cabe sofrer o mal, já que sabe que o seu bem nunca o obterá. É o que o leva a considerar que em triste dia nasceu.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 530, V 133

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 530

Cancioneiro da Vaticana - V 133


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas