D. Dinis


Senhor, cuitad'é o meu coraçom
por vós e moiro, se Deus mi perdom,
porque sabede que des que entom
       vos vi,
5       des i
       nunca coita perdi.
  
 Tanto me coita e trax mal Amor,
que me mata, seed'en sabedor;
e tod'aquesto é des que, senhor,
10       vos vi;
       des i
       nunca coita perdi.
  
 Ca de me matar Amor nom m'é greu,
tanto mal sofro já em poder seu;
15e tod'aquest'é, senhor, des quand'eu
       vos vi;
       des i
       nunca coita perdi.



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Nota geral:

Desde que viu a sua senhora, o trovador nunca mais deixou de sofrer. Por isso a morte que o Amor lhe vai dar não lhe será penosa.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 523b, V 126

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 523b

Cancioneiro da Vaticana - V 126


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

[Senhor, coitado e o meu coraçon] 

Versão de Tomás Borba