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  (linha 12)

D. Dinis


Senhor fremosa, nom poss'eu osmar      ←
que est aquel em que vos mereci      ←
tam muito mal quam muito vós a mi       ←
fazedes; e venho-vos preguntar      ←
5o por que é, ca nom poss'entender,      ←
(se Deus me leixe de vós bem achar),      ←
em que vo-l'eu podesse merecer.      ←
  
Se é, senhor, porque vos sei amar      ←
mui mais que os meus olhos, nem ca mi,      ←
10e assi foi sempre des que vos vi;      ←
pero sabe Deus que hei gram pesar      ←
 de vos amar, mais nom poss'al fazer;      ←
 e por en vós, a quem Deus nom fez par,       ←
 nom me devedes i culpa põer.      ←
  
15Ca sabe Deus que se m'end'eu quitar      ←
podera des quant'há que vos servi,      ←
 mui de grado o fezera log'i;      ←
mais nunca pudi o coraçom forçar      ←
que vos gram bem nom houvess'a querer;      ←
20e por en nom dev'eu a lazerar,      ←
senhor, nem devo por end'a morrer.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador solicita-lhe que lhe diga em que é que errou, já que não entende por que razão o trata tão mal. Se é por a amar acima de tudo, confessa que é incapaz de deixar de o fazer, logo não tem culpa. Até porque, se pudesse deixar de a amar, de bom grado o faria. Assim, o seu sofrimento e a sua morte serão injustos.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras uníssonas
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 528, T 5, V 111

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 528

Cancioneiro da Vaticana - V 111

Pergaminho Sharrer - T 5


Versões musicais

Originais

V. Senhor fremosa, non poss’eu osmar      versão audio disponível

Versões de D. Dinis

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas