D. Dinis


A tal estado mi adusse, senhor,
o vosso bem e vosso parecer
que nom vejo de mi nem d'al prazer,
nem veerei já, enquant'eu vivo for,
5       u nom vir vós que eu por meu mal vi.
  
E queria mia mort'e nom mi vem,
senhor, porque tamanh'é o meu mal
que nom vejo prazer de mim nem d'al,
nem veerei já, esto creede bem,
10       u nom vir vós que eu por meu mal vi.
  
E pois meu feito, senhor, assi é,
querria já mia morte, pois que nom
vejo de mi nem d'al nulha sazom
prazer, nem veerei já, per bõa fé,
15       u nom vir vós que eu por meu mal vi;
  
pois nom havedes mercee de mi.



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador dá-lhe conta do estado a que a beleza e as qualidades dela o conduziram: em nada tem nem terá prazer, enquanto não a vir de novo.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 525, T 2, V 108

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 525

Cancioneiro da Vaticana - V 108

Pergaminho Sharrer - T 2


Versões musicais

Originais

II. A tal estado m’adusse, senhor      versão audio disponível

Versões de D. Dinis

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas