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  (linha 15)

D. Dinis


Quant'há, senhor, que m'eu de vós parti,      ←
atam muit'há que nunca vi prazer      ←
nem pesar; e quero-vos eu dizer      ←
como prazer nem pesar nom er [vi]:      ←
 5       perdi o sem e nom poss'estremar      ←
       o bem do mal, nem prazer do pesar.      ←
  
 E des que m'eu, senhor, per bõa fé,      ←
de vós parti, creed'agora bem      ←
que nom vi prazer nem pesar de rem;      ←
10e aquesto direi-vos por que [é]:      ←
       perdi o sem e nom poss'estremar      ←
       o bem do mal, nem prazer do pesar.       ←
  
Ca, mia senhor, bem des aquela vez      ←
que m'eu de vós parti, no coraçom      ←
15nunca ar houv'eu pesar des entom      ←
nem prazer; e direi-vos que mi o fez:       ←
       perdi o sem e nom poss'estremar      ←
       o bem do mal nem prazer do pesar.      ←



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Nota geral:

Dirigindo-se à sua senhora, o trovador diz que, desde que se separou dela e partiu, nunca mais sentiu qualquer prazer ou qualquer dor. E a explicação é a de que ficou louco, e, portanto, incapaz de distinguir o bem do mal e o prazer da dor.
As três estrofes são variações sobre esta razom.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 518, V 101

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 518

Cancioneiro da Vaticana - V 101


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas