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  (linha 9)

D. Dinis


Senhor, des quando vos vi       ←
e que fui vosco falar,       ←
sabed'agora per mi      ←
que tanto fui desejar       ←
5vosso bem; e pois é 'ssi      ←
que pouco posso durar      ←
e moiro-m'assi de chão,      ←
       porque mi fazedes mal      ←
        e de vós nom ar hei al,      ←
10       mia morte tenho na mão.      ←
  
 Ca tam muito desejei      ←
haver bem de vós, senhor,       ←
que verdade vos direi,      ←
se Deus mi dê voss'amor:      ←
15por quant'hoj'eu creer sei,      ←
com cuidad'e com pavor      ←
meu coraçom nom é são;       ←
       porque mi fazedes mal,      ←
       e de vós nom ar hei al,      ←
20       mia morte tenho na mão.      ←
  
E venho-vo-lo dizer,      ←
senhor do meu coraçom,       ←
que possades entender       ←
como prendi o cajom,       ←
25quando vos [eu] fui veer;      ←
e por aquesta razom      ←
moir'assi servind'em vão;      ←
       porque a mim fazedes mal       ←
       e de vós nom ar hei al,      ←
30       mia morte tenho na mão.      ←



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Nota geral:

Desde que viu e desejou a sua senhora, o trovador sente que pouco pode durar. Se a temática da cantiga não é nova, a sua construção muito ritmada e, sobretudo, a utilização de expressões pouco habituais na linguagem trovadoresca (como o verso final do refrão) tornam-na particularmente original.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
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Fontes manuscritas

B 513, V 96

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 513

Cancioneiro da Vaticana - V 96


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas