Cantiga com provérbio:
Quem leva o baio, não deixa a sela
  (linha 3)

Afonso X


Dom Meendo, Dom Meendo,
por quant'ora eu entendo,
        quem leva o baio, nom leixa a sela.
  
Amigo de Souto Maior,
 5daquesto sõo sabedor:
       quem leva o baio, nom leixa a sela.
  
Dom Meendo de Candarei,
per quant'eu de vós apres'hei,
       quem leva o baio, nom leixa a sela.



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Nota geral:

O mesmo D. Mendo da cantiga que precede esta no manuscrito, estigmatizado aqui a partir do que seria certamente um provérbio ("quem leva o baio, não deixa a sela"), cujo sentido exato é, no entanto, algo obscuro. A explicação adiantada, com reservas, por Lapa1 (que crê tratar-se de um dos cavaleiros renitentes em servir o rei nas campanhas da Andaluzia), poderá ser uma possibilidade de interpretação deste provérbio: quem levou o cavalo, ou seja, o pagamento, não pode deixar de servir. A menos que o contexto seja o de exigências repetidas, como parece depreender-se da cantiga anterior, e o sentido seja: quem leva (ou rouba) a parte principal, não deixa os acessórios, ou seja, "o que quereis sei eu bem".

Referências

1 Lapa, Manuel Rodrigues (1970), Cantigas d´Escarnho e de Maldizer dos Cancioneiros Medievais Galego-Portugueses, 2ª Edição, Vigo, Editorial Galaxia.



Nota geral


Descrição

Escárnio e Maldizer
Refrão
Cobras singulares
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 474bis

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 474bis


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas