Pesquisa no glossário
  (linha 11)

Afonso X


        Penhoremos o daiam      ←
       na cadela, polo cam.      ←
  
Pois que me foi el furtar      ←
 meu podeng'e mi o negar      ←
5- e quant'é, a meu cuidar,      ←
 destes penhos, pesar-lh'-am:      ←
ca o quer'eu penhorar      ←
na cadela, polo cam.      ←
       Penhoremos o daiam      ←
10       na cadela, polo cam.      ←
  
 Mandou-m'el furtar alvor      ←
o meu podengo melhor      ←
que havia; e sabor      ←
de penhorar lh'hei, de pram,      ←
 15e filhar-lh'-ei a maior      ←
sa cadela, polo cam.      ←
       Penhoremos o daiam      ←
       na cadela, polo cam.      ←
  
Pero querrei-mi aviir      ←
20com el, se [mi o] consentir;      ←
mais, se o el nom comprir,      ←
os seus penhos ficar-mi-am;      ←
e querrei-me bem servir      ←
da cadela, polo cam.      ←
25       Penhoremos o daiam      ←
       na cadela, polo cam.      ←



 ----- Aumentar letra ----- Diminuir letra

Nota geral:

Sátira a um homem de Igreja, talvez o deão de Cádis, a quem é endereçada uma outra cantiga de Afonso X. Acusando-o do furto de um dos seus cães de caça, o rei propõe-se tomar desforra, penhorando-lhe a cadela, isto é, a barregã (ou a principal, segundo parece indicar o v. 15). O rei, magnânimo, acaba por dizer que uma restituição voluntária do cão, conduzirá, no entanto, à devolução da cadela.



Nota geral


Descrição

Escárnio e Maldizer
Refrão, refrão inicial
Cobras singulares
Palavra(s)-rima: (v. 6 de cada estrofe)
-a cadela, polo cam
(Saber mais)


Fontes manuscritas

B 459

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 459


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas