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Anónimo 4


Dizedes vós, senhor, que vosso mal       ←
seria, se me fezéssedes bem;      ←
e nom tenh'eu que fazedes bom sem      ←
em me leixardes em poder d'Amor      ←
5morrer, pois eu nom quero mim nem al       ←
       atam gram bem come vós, mia senhor.      ←
  
Bem me podedes vós leixar morrer,      ←
se quiserdes, come senhor que há      ←
end'o [poder]; mais sabed'ora já      ←
10que seria de me guarir melhor,      ←
pois eu nom sei eno mund'al querer      ←
       atam gram bem come vós, mia senhor.      ←
  
Sempre vos eu, senhor, conselharei      ←
que me façades bem por me guarir      ←
15de mort'; e vós devedes mi o gracir,      ←
ca mal será se por vós morto for,      ←
pois eu nom quis no mund'al, nem querrei      ←
       atam gram bem come vós, mia senhor.      ←
  
Ca nunca dona vi nem veerei      ←
20com tanto bem come vós, mia senhor.      ←



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Nota geral:

O trovador considera insensata a justificação da sua senhora para não lhe conceder os seus favores - que daí lhe viria mal - porque isso será condená-lo à morte. Pelo contrário, acorrer-lhe evitará que a acusem dessa mesma morte



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Refrão
Cobras singulares
Finda
(Saber mais)


Fontes manuscritas

A 273

Cancioneiro da Ajuda - A 273


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas