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  (linha 17)

Fernão Velho


Por mal de mi me fez Deus tant'amar      ←
ũa dona, que já per nẽum sem      ←
sei que nunca posso prender prazer      ←
  dela nem d'al; e pois m'aquest'avém,      ←
5rog'eu a Deus que mi a faça veer      ←
 ced'e me lhi leixe tanto dizer:      ←
moir'eu, senhor a que Deus nom fez par!      ←
  
 E pois lh'esto disser, u mi a mostrar,      ←
rogar-lh'-ei que mi dê mort'; e gram bem      ←
10mi fará i, se mi o quiser fazer,      ←
ca mui melhor mi será doutra rem      ←
de me leixar log'i morte prender:      ←
 ca melhor m'é ca tal vida viver      ←
e ca meu tempo tod'assi passar.      ←
  
15E gram mesura Deus de me matar      ←
fará, pois m[i]a morte em seu poder tem,      ←
ca El sabe que nom hei d'atender      ←
senom gram mal, se viver; e por en,      ←
se mi der mort', hei que lhi gradecer:      ←
20ca por meu mal mi a fez El conhocer,      ←
esto sei bem, e tanto desejar.      ←



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Nota geral:

O trovador pede a Deus que lhe permita ver, ainda uma vez, a sua senhora sem par, que lhe fez conhecer para seu mal. A sua intenção é confessar-lhe o seu amor e depois morrer.



Nota geral


Descrição

Cantiga de Amor
Mestria
Cobras uníssonas
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Fontes manuscritas

B 442, V 54

Cancioneiro da Biblioteca Nacional - B 442

Cancioneiro da Vaticana - V 54


Versões musicais

Originais

Desconhecidas

Contrafactum

Desconhecidas

Composição/Recriação moderna

Desconhecidas